...É emocionar-se
Com o reflexo de luz nas gotículas do arco íris
A beleza do flanar das asas de uma borboleta
O frigir do sol ao se por no horizonte do mar.
...É declamar um poema
Como batatinha quando nasce
Um bom gole de veneno de Rimbaud
E, o poeta fingidor de Fernando Pessoa.
...É manhosamente aconchegar-se
Em um coberto quentinho em noite fria
No delicioso colo da pessoa amada
Sem precisar fazer nada de excepcional.
...É apaixonar-se
Pelo cheiro de terra durante a chuva
Cada vez mais pelos quitutes da vovó
Por pisar na grama de pés descalços.
...É levar-se ao amor
Pela eclosão da sépala da flor
Pelo carinho da mão que afaga
Por essa metade que nos encanta.
...É encantar-se com o belo
Que é puro e naturalmente exuberante
Surge dessa exuberância a inspiração
Que leva o poeta a enaltecer na solidão
A maravilhosa simplicidade de um poema
EuSó
19/05/09
02h10
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