Uma ponte
Duas verdades vividas
De um lado cidade vitrine
Noutro favela esquecida.
Avenidas iluminadas
Jardins e paisagismos
Moço e mulher bem vestidos
Teatros, shopping e lares.
Guetos tão lúgubres
Vielas encardidas
Criança, cães... Até mãe
Grito, um tiro e lares.
Fome, miséria enaltecida
Lixo, detritos e o rio
Um pneu queimando
É ele que espanta o frio.
Parecem construtores
Pois a todo tempo falam
Das tais pedras
Aquelas que não constroem.
O vício se esconde
A cada esquina quebrada
Mais uma criança esquecida
Nem a calça é remendada.
Pé direto ao chão
Nem um chinelo
Sonhos sinceros exprimidos
Precisamos de uma calçada.
Um sorriso... Uma fada
Apenas uma cesta básica
Para essa família esgotada
Choro, magoa e esperança.
Existe um lado comum
Por tudo que há de oposto
Os dois lados vêem uma face
Que é Luz... Vem amado Jesus!
EuSó
03/04/09
03h45
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