Eu sou feio, concreto, fiel
E você, bela, meiga, assustada
Desejo seu calor, recato e amor
Teremos uma vivência encantada.
Em um bar, puro devaneio
Ao olhar, vejo-a forte e encantadora
Nesta mesa corrupta e impura
Tive a pretensão lançar-te um beijo.
E quando você olhou ao degradado
Eu, que bebia taças de vinho,
Mandei a tristeza embora, comovido
Pelo olhar que me seduziu.
Comuniquei aos presentes
Que as coisas à frente, tinham mudado
Eu tinha um olhar, me tornei apaixonado
Paixão sem frescura, que me leva a loucuras.
Pela porta envidraçada de meu coração
Estavam expostas as maculas
A única maneira seria trocar os meus vidros
Mantê-los translúcidos e sem rachaduras.
Magnífico dia! Em que a vi pela primeira vez
Meus anseios, meus receios e medos
Deixaram de ser latentes, agora estão germinando
Essa semente mostra-me que agora tenho a perder.
Desejo sua cintura tenra, seu cheiro
Afagar tua face corada
Deslizar por teu corpo que pulsa
Estremecendo num orgasmo sem fim.
Fim de uma taça sorvida
Término de uma solidão infinda
Fechar das vitrines da vida
Enfim... Sossego!
Sossegado esta o poeta
Exposto fica o tênue
Como é dócil e frágil
Esperança... Eu sou!
EuSó
10/04/09
23h53
Nenhum comentário:
Postar um comentário